terça-feira, 25 de maio de 2010

não sei que lá

Colo forte
carinho verso
olhos doces, incontaveis
feição serena
vejo algo do mundo
vejo em voce

boca sedosa
abraço quente
sorriso bom dia
olhar doce,olhar... olhar... olhar...
pele sonolenta
sono macio
presença

Carinho,beijo
calor certo
abraço contido
num aperto
desfalecer nos braços
do que é o conforto.

Cheiro da pele
textura dos braços
suor,algo mais
daonde essas palavras
cabem.Calor,olhar
sorriso bom dia
abraço num aperto
braços contidos.
mãos e rostos
toque tatil,sem medo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

"Are the birds free from the chains of the skyway?"

Eu vou de encontro à solidão. Não a solidão, digamos a sozinhes.

Não quero ninguém, quero alguém, mas tirando esse alguém, não quero querer ninguém, e não quero. Essa solidão ou sozinhes, não impede de que eu esteja, veja ou fale com ninguém. É só pra lembrar que eu estou sozinho. Eu ando na rua e eu ando na rua, só. Só isso. Ninguém me espera. Ninguém lamenta minha ida, por mais que eu volte. Ninguém, esbarro sempre com alguém,e me pego querendo o esbarro.como se eu matasse galinhas apenas para comer o coração.Mas essa analogia não vale.

Por mais jovem que possa ser ,e este agora é um ponto que nem sempre me deixa feliz,eu consegui uma coisa que poucos homens conseguem.Consegui ,numa paz interna, sem duvida alguma, me desprender de mim mesmo,por instantes e conseguir realmente pesar o que amo e o que eu tenho medo, sempre lembrando que todo medo é injustificável.Mas mesmo assim transcendente a isso ainda o meço.Eu já perdi por temer os temores,apenas por teme-los,de não saber o que tem no escuro.

Não temo, nem me incomodo com isso, o medo. Só penso em poder ser feliz, o quanto eu poderia ter sido se eu este não estivesse comigo quando eu menos precisava dele.

E não importa isso, todos dizem para que eu vá a caça das mulheres, come-las vivas.

Não que seja ruim come-las,mas alguns acham acomodação eu não querer ninguém,eu querer alguém.Em horas mais chateadas eu penso em comer vivas varias e trazer para estes meus amigos suas cabeças,e beber vinho nelas como se fossem taças.E da-las de presente para cada um.Sem rancor algum,mas para imaturamente prova-los,que eu não quero ninguém,alem de quem eu quero.E não tenho pressa.O que eu tenho é mais valioso que qualquer pressa.Então não tenho.Não quero ninguém,eu quero alguém.

Me concentro em registrar as minha idéias em papel ou musica.Estou aprendendo a falar,na musica.Roubo muitas frases,por que é assim que aprendemos a falar.E elas falam por mim mais do que qualquer sentimento meu.Elas falam tanto que me enchem de sentimento,aonde, as vezes,nem sempre tenho.Ouço coisas que já me são um remédio.Vivo dopado e me enchendo de sentimentos,o que me atordoa a fala as vezes.Estou aprendendo a lidar com isso e sentir o que eu tenho para sentir.E falar o que eu puder falar sobre o que eu sinto,por mais simples e porco,mas meu.

Me sinto meu.É ainda pouco sólido,mas já esta mais pra sólido do que para outra coisa.

Sinto o que é, como sou só.Estou ,alias.Questionei a felicidade de neo-ignorantes que eu

conheço.Falei e me contradizendo me perguntaram ,”Eles estão felizes,não é isso que

importa?”,e eu me calei.Vi que eu não era feliz.Um infeliz, com tudo de bom nas

mãos.Infeliz de butique.Se eu tivesse que levantar as paredes de minha casa talvez não

ficasse pensando nisso assim.

Não sou rico,mas vivo sem faltar nada de essencial que se possa comprar.Crescer...

isso dói como nos ossos.Crescer para a sozinhes,mesmo estando com alguém.Amadurecer não é fácil e é um estalo.É não saber o que fazer.Se você já soubesse, já teria amadurecido.Sento e me calo.Simplesmente por não ter nada para falar.É isso e ponto.Me desapego e me vicio nas coisas.Carinho,ah,desgraça.

E nisso eu digo.Eu não quero ninguém,quero quem eu quero,por que já quero.Não quero querer nada.Conheço quem não quer nada também,mas quer.Na verdade queria não querer.Sinto falta.Faz falta e ou faz diferença.Quero me concentrar nas coisas.E quero dormir.e" como eu poderia supostamente dormir "?.

Vou visitando amigos,e vago.Queria mostrar, o que eu acho que eu sou.Mostrar o que eu acho que eu sou, maior do que parecer ser.Mas isso só se mostra fazendo.Então se eu não sei como conscientemente mostrar é por que não tenho essa grandeza toda.E se mostro sem saber tenho essa grandeza em dobro.

Se eu me deixar fico falando dos detalhes que eu tenho sede.Tenho sede de coisas.Algumas coisas, que vem de um alguém só.E só.E não é nada de mais.

Meus dedos coçam com a falsa esperança de saciar essa falta. E nada que eu possa escrever pode por as coisas.Me deixo ser muito fraco.Isso me incomoda e me diminui onde não sou tão pequeno assim.Só penso agora em me ser e agir como eu penso e não falar como penso.Ser o que eu espero da minha capacidade como pessoa.E quero saber mais das palavras e canções,para agindo poder mostrar coisas boas que eu vejo.Só.

Estou prestes a dormir e sinto muito a falta de alguém aqui. Não sinto falta de ninguém.

Sinto a falta de algo que eu nunca tive,mas sinto mesmo assim.Por que sei lá...só acho que seria bom e simples.Por que no fundo sabe-se da falta e da saudade,do desejo e da vontade das pessoas.

E os parágrafos surgem e nada de meus dedos pararem de coçar. Mas irão dormir assim mesmo.Tenho comigo o melhores amigos do mundo, e os melhores amores. Tenho que tomar mais consciência do quão bom eles são. Queria cruzar com estes na rua e dizer apenas "conte comigo,seja para conversar ou para erguer uma casa."E ficaria muito satisfeito em ajudar.Isso eu diria para os que estão mais distantes.Para os mais próximos me dedicaria a um presente querido e inesperado,apenas para vê-los sorria.Por mais egoísta que isso possa soar,não é.Ou é,mas é a melhor forma de canaliza-lo.E outros mais próximos ainda,casos aparte,não diria nada.Por mais que eu queira,com estes já falo o tempo todo,e falar não adianta por agora.Preciso de silencio.E nesse silencio dizer tudo de bom que eu tenho para dizer.O quanto gosta-se,quer-se,é-se para com, tudo que fizesse sorrir e partisse do fundo do meu coração.e só.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Marroom Lagon

OUÇA ENQUANTO LÊ - http://www.youtube.com/watch?v=g0hxd-1yCDw&feature=related



Com o tempo, vemos criamos idéias, ensaios na nossa cabeça.

Eles não são difíceis brotar, mas são difíceis de solidificar, de se apegar.

Com o tempo, eles vêm mais sólidos, ou vão se solidificando, e se apegando na nossa.

Natureza de atitudes. E vamos ficando sólidos como pedras. E de forma vã pensamos em nos erguer sobre as pedras, na suposta firmeza da idéia de se erguer nas pedras.

E uma ora elas desmancham, com o vento ou com o mar, e só ai vemos que o que nos realmente importa e ser como praia, que é feitos de zilhões de pedaços únicos da mais sólida constatação. Eles são sólidos por si só e não precisam de solidez para serem sólidos.Sua infinitude que nasceu do desmanchar da montanha ,distribui a solidez nos milhões de pedaços,como as estrelas.E sabiamente a praia ,e sua areia se moldam ao mar que um dia desmanchou a montanha, sem perder a solidez de cada grão.E assim onda vem onda vai, areia molha areia seca e parte da nossa essência o novo agir.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

resolvo no contraponto.
o que na vida
não nos bate bem, querida
ou bate, doi e arde
vira um balé ate tarde

e tudo que é ruim
com um mínimo de carinho
move-se um pouquinho
e de amargo ou azedo
vou sofisticado, ainda é cedo


e se resolve a tempo
do ultimo passo
te debruçar nos meus braços
e lembrar que nosso medo
é igual,mas não é rochedo

e olhar nos olhos
convidar para dançar
mesmo sem saber andar
é esquecer qualquer coisa muda
e se desfrutar como se fosse uva.