quarta-feira, 7 de abril de 2010

Escrevo sobre uma outra dor.Uma dor tardia e burra,que dói esporadicamente e pronto.Graças a deus tenho o álbum branco para me confortar neste estalo de burrice doido.

Aprender a ser sozinho.Doi muito.Doi igual a crescer.Doi como ossos.Queria Gritar.Tenho um peito cicatrizando e sutilmente purulento.Me vejo achando que espremer este pus resolve,mas isso não é um furúnculo.Meto o dedo e espremo sem por que.Sabendo que quando a ferida coça só significa que ela esta melhorando.Não significa que é pra coçar.É pra sossegar.

Como um dia queria poder me redimir pelos os erros que só hoje eu vejo que eu fiz com as pessoas,mas não há mais redenção.Não posso,me amo.Hoje me amo um pouco.Antes não me amava, e me redimia por qualquer coisa.Dava minha outra face após o tapa e me batiam novamente.Queria a redenção das pessoas também,mas isso não se exige.Vira um algo duro em mim que um dia eu cuspo ou absorvo para todo sempre.

Vivi dia a pos dia,e minha vida voltar a ganhar aceleração.Agora preciso pensar no amanha e daqui a algum tempo na semana que vem.

“Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.”

Outro dia relaxei e me deixei boiar.Fechei os olhos,e quando os abri vi que estava mais longe da praia e me assustei.Meu susto me fez engolir água,mas o susto passou.Vou boiando por ai para ver onde eu paro.

Tenho e sou uma pequena verdade.Isso me faz feliz.Ela me deixa enfiar os pés pelas mãos,e vejo que na verdade nem sempre os enfio um nos outros.E ela sabe das coisas e eu acho que sei também.E que fique assim.

Não se merece assim as coisas.Fico tentando ler uma mente que é dita na minha frente.

Sinto falta do espaço que se roubava de mim.Sinto falta do peso que era carregado desnessariamente.Sinto falta do azedo que era azedo só por se azedar,não havia muito esforço para não se azedar.

Algumas pessoas são compráveis.E eu não posso falar isso.Mas facilidades é assim.Há sempre um castelo melhor para ser construído para as pessoas.Mais bonito e forte.Raiva é assim.

Não quero guardar nada mais.Não quero olhar nos olhos e ver o que eu já sei e me lamentar por não poder fazer nada e por não ter feito antes.O que eu vejo nos olhos é o que eu vejo nos olhos.Só eu sei e é inadmissível.Não posso querer o bem para as pessoas,como elas me desejaram tão filantrópicos, altruístas,cristãos e cínicos.Eu me senti um monstro de egoísmo e na verdade quem mente, deturpa e omiti não sou eu.

Mas basta com isso.Ainda devem restar magoas e lagrimas.Mas venci um exercito de 1000 homens, acho que posso vencer essa sem der as lagrimas as ventos que as levem em algum local errado.

Vomitei.

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