segunda-feira, 12 de abril de 2010

Trem Azul

Quando a vida de repete, há algo errado.

Quando as coisas passam, lamentamos por perdemos o que era de ruim e o que era de bom. E desejamos tão densamente o que era bom, exatamente da mesma maneira que era bom. Mas coisas boas não têm formula. Elas mudam constantemente.Não vivemos num mundo matemático,onde o 1 será sempre um e 2+2 será sempre 4.Há movimento nas coisas vivas,elas nascem e crescem e morrem,numa representação tosco de um plano cartesiano.

Igual a um amor.
Nada nele é igual. Para ser bom ele tem que mudar muito, varia vezes.
E ser bom por ser bom, e não por um motivo ou outro.

Igual a uma vida.
Se acomodar num porto vazio onde outrora houve gloria, não te levará a nenhuma outra felicidade. Felicidade é perecível e mortal. Ela nasce e morre a todo instante, e este frescor que é a felicidade. Não tente sintetizar ou estender a vida de uma felicidade, ela vai e vem e você não tem escolha. Como quem a sente, e cada um é assim, você pode frustradamente fingir para você mesmo a felicidade, que passou na sua vida há tanto tempo atrás. E ser triste para sempre. Tentando tornar temporal e material algo, impalpável e efêmero. O que importa não é a felicidade em si, e sim sua fonte. E provindo de uma fonte, ela tem suas características similares, como um compositor de canções, tem suas similaridades ao compor.

A felicidade é a coragem pelo novo. Que é tão difícil. Nos faz sermos principiantes para sempre,jovem nas situações.Faz você aprender com o erro mesmo depois de velho. Move seu coração sem direção a apontar. E quando essa perdição tomar direção, irá matar a felicidade disso, pois não têm o mistério do novo como você tinha conhecido poucos instantes antes, mas não morra de véspera. A Felicidade esta em outra Não-direção, dentro da mesma coisa. Aceitar a felicidade é fundamental. Ela nasce e morre sem seu consentimento. Ela nascer e morrer que é a felicidade. Nosso corpo, unhas, cabelos, e pele, se apegam as coisas que demoram mais a passar. São rancorosos com a felicidade. E nós põem medo, de se jogar. Não tente mandinga nenhuma para ressuscitar felicidade ,por que esta nunca revive.Plante terras férteis para que um dia a felicidade nasça de novo,como ela é,perecível e comum.E eternamente boa.

A felicidade também é como um pequeno inseto,que brilha, canta, voa e é belissimamente colorido. Nos corremos atrás deles,loucamente como crianças quando o vemos até nos perdermos no mato e perdermos o inseto,não era o inseto a felicidade,mas a brincadeira de busca-lo sim.Mas não é de insetos que vive a vida e a saúde mental.O corpo precisa de paz.Se perder por ai atrás de felicidade e tela em potes de vidro,não deixa o corpo descansar,você não pode ter insetos no pote,você precisa de ninhos.A felicidade vem e pousa em nos.E um hora vai embora.

Tem um trem que eu queria pegar novamente, mas não passa mais em lugares que eu deva ir. E ir neles só me magoará.Eram os lugares onde eu caçava felicidades.Na verdade foram onde eu as encontrei,e depois as prendi em potes.Elas foram morrendo.Esse trem azul,da corda da felicidade mais feliz que eu vi.Mas o Trem passou e é a pé que vou procurar outra oportunidade de me deixar a felicidade pousar em mim.

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